domingo, 21 de dezembro de 2014

PRECIOSIDADES

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PRECIOSIDADES

Amanhecem ao sol gotas d’orvalho 
Rebrilhando nas taiobas bem por sobre, 
Onde a água -- quase sólida! -- algo nobre 
Vem acrescentar a folha e galho. 
  
Fôssemos definir esse trabalho, 
N’ele não menos que Arte se descobre 
Para rivalizar com ouro e cobre, 
Tal brilho quando todo afã é falho. 
  
Pois obra  do acaso, da Natura; 
Não por mãossim pelo olhar criada 
Ao vislumbrar que o belo ali figura: 
  
Gema no verde escuro aprisionada, 
Fez-se forma translúcidatão pura 
Que qual cristal reluz para e por nada. 
  

                   Betim – 20 12 2014

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