segunda-feira, 7 de novembro de 2016

FLERTES

FLERTES

Só de longe; de longo e oblíquo olhar
Tenho eu te conhecido... Olhos furtivos
Que ficam te admirando os atrativos,
Conquanto seja tolo ou até vulgar.

De facto, não tem hora nem lugar
Para perdido em teus olhos tão vivos
Eu tenha por fim meus olhos captivos
Por força já de tanto eu te mirar.

Dona, porém, de meus olhos e olhares
Não me percebes todo este cuidado
Com que, em silêncio, eu tenho te amado.

Tudo isso saberás quando me olhares...
Ou não... Se tão altiva quanto o sol,
Que ignora a devoção d'um girassol...

Belo Horizonte - 21 10 1992

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