sábado, 18 de fevereiro de 2017

PONTE DE MARÍLIA

PONTE DE MARÍLIA

— “Mas olha! É minha vida indo ligeira
Refletida nas águas d’esse riacho...”
Sobre a ponte eu me vejo logo abaixo,
Como se trêmulo à água corredeira.

Frias, as águas levam-me à fronteira
E vão... Indiferentes já do que acho.
Eu fico junto às margens, cabisbaixo,
Buscando alguma imagem derradeira.

Segue-me a vida por águas d’Olvido.
Ao quê, nem cá nem lá mais me destina
Ou no meio me abandona apercebido...

Ultimaria assim meu desenredo,
Não visse agora à beira uma menina
A ver botões de rosa em seu segredo.

Ouro Preto – 01 05 1999

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